Wednesday, August 30, 2006
(foto by Pepper)
4dias…4 dias para as minhas férias acabarem… 4 dias até o meu Verão ficar em “stand by”!
Sento-me na areia com o sol cansado pelo esforço de aquecer-nos as peles durante tantas horas, pego no caderno quadriculado com toque de pimenta e releio todos os pontos que queria fazer nestes meses solarengos…
Check, check, check… faltam poucas coisas a cumprir, nunca é demais algumas morangonas, varandas frescas pelas estrelas, e juntar aqueles amigos que só por estarem por perto me fazem gargalhar! Levanto-me, sacudo a areia… “é hoje o jantar!”
O trio junta-se novamente: pimenta, sal e canela, “vá... bora lá preparar a sangria e assar as chouriças antes que o Outono me invada os dias e vamos rir até as bochechas não aguentarem mais!”
Tuesday, August 22, 2006
porque:
Monday, August 21, 2006
Sunday, August 20, 2006
Thursday, August 17, 2006
O primeiro… tu sabes bem qual é, conquistei-o com ajuda de tantas mãos que me sustentaram em céus e nuvens.
O penúltimo decidi realizá-lo há poucos dias… cá arregaço as mangas e avanço. Decidi o caminho, vou percorre-lo, não com o apoio de tantas mãos… percorro com o consentimento de dois pares tão importantes nos meus dias e com o meu sorriso
“yes...There are still stars and lights in my hair…All painted by kisses, all painted by friends, all painted by memories”
[O ultimo sonho, mais irreal do que qualquer outro, deixo-o em aberto…é sempre bom ter um bem lá no alto para iluminar as nossas escolhas e permitir sonhar sempre… mas cá entre nós… um dia... sim... um dia conto-te ]
nublada
Wednesday, August 16, 2006
Um cruzar de ruas… cruzar de vidas…
É o mistério da cidade… as teias urbanas de caminhos e opções… emoções
A paragem na montra, o picar do bilhete, o apanhar do saco que escapuliu da mão, os atalhos, os passos lentos, as pressas ritmadas… os encontros e desencontros definem-se, redefinem-se… acreditamos assim nas coincidências… nas trocas de olhares.
[Olá… foi bom rever-te…] não pelas palavras trocadas, não pelo abraço apertado, não pelo olhar preso que procurava as diferenças que os últimos meses actuaram em nós…não por te querer passar em segundos tudo aquilo que vivi entretanto… mas sim por continuares a ser aquele menino que nas tardes de verão me invadia a casa contando historias de terror tão credíveis que nos obrigava a ir para a varanda até o medo passar, que me roubava as tostas com doce enquanto cantávamos as musicas dos anúncios da televisão, que desenhava e sonhava comigo futuros incríveis… e que apesar dos caminhos tão distintos e do tempo implacável continua a ter a mesma aura que eu.
[cheiraste-me a caramelo como as tardes de antigamente… quero outras tantas só para te ouvir as aventuras e contar-te as minhas histórias]
(img. A. dragulescu)
Saturday, August 12, 2006
...não sabemos nada...
"Nunca saberemos se os enganados
Friday, August 11, 2006
[dia-não]
Tuesday, August 08, 2006
espantalhos
destinada a sentir saudades onde quer que aterrasse a casa, a menina-coração-de-pimenta fotografava tudo com a maior das precisões. para mais tarde recordar vivamente esses lugares onde se perdera (e mais que tudo, se encontrara...), essas pessoas que deixava longe... e afugentar a solidão que tantas vezes a visitava...
laços
olho-te no teu corpo de mulher e pensamentos de menina...o tempo parou sobre os teus pensamentos, e avança sobre o teu corpo, transformando-o sem pudor.
o rosto grave e sério, onde por (cada vez mais raras) vezes se rasga um sorriso... o corpo pesado, cansado e triste...
eu escavo!, furo!, rompo!... mas ja não chego a ti.
por isso, quando te olho, mergulho nas memórias de quando, aos seis anos, vi chegar uma "invasora" a casa, com quem tive de dividir tudo...e que pouco-a-pouco me ensinou o valor da partilha...
lembro-me de quando me debruçava no berço e soltavas deliciosas gargalhadas...ou quando atropelavas as primeiras palavras, inventando novos e deslumbrantes alfabetos... e lembro o negro dos teus cabelos revoltos, sobre o teu rosto rosado...suspirando sempre um sopro oriental...
lembro.
Sunday, August 06, 2006
Contavam-lhe histórias de torres altas e dragões… de caixinhas de música, bailarinas, de princesinhas e desfechos perfeitos.
Contavam-lhe histórias de como as coincidências, as escolhas, sentimentos tinham uma ordem mágica que nos indicava o caminho certo.
Contavam-lhe histórias de cenários fascinantes, de rostos deliciosos e de acordes envolventes.
E ao longo dos anos desacreditou… rasgou aos poucos as páginas desses livros e queimou… os enganos diminuíram mas a realidade impôs-se de uma forma demasiado fria.
Até que decidiu fechar os olhos e rabiscar no escuro algumas linhas novas de histórias encantadoras. Rabiscava confiante no apenas “porque sim”, confiante nos novos traços tentadoramente doces.
… intensos rabiscos desentendidos…
(pergunto-te... desenhos sentidos ? ou riscos sem sentido?)
[e desta vez a própria realidade arrancou-lhe as folhas esquiçadas e queimou-as!]
“- Já te disse pequena, essas coisas não existem! Tinha-te como mais esperta!”
Saturday, August 05, 2006
humidade relativa: 87%
verde sobre azul
daqui, onde o céu tem este humor inconstante, que pauta os dias de uma saborosa imprevisibilidade...
daqui, onde o castanho dos meus olhos se fizeram azul-mar...
murmuro um suspiro de férias, respiro fundo e deslumbro-me perante paisagens que emudecem e tornam as palavras pequenas, insuficientes para descrever cada "frame" de verde e azul...
aqui, abraçada pelo atlântico, estou em casa!
e encho as malas de diferentes (e tantos!) tons de azul, do negro das areias sob o mar quente, do verde fresco, das nesgas azuis-céu entre o cinzento-nuvem habitual, do sol que brilha de repente e que convida a um dia de festa!!!... encho o olhar deslumbrado de memórias...e anoto as palavras mais fiéis a todo este espectáculo... para poder partilhá-lo, depois, numa noite morna de café, um pouco mais a sul [recordo a visão salgada, polvilhada de branco, que o meu abrir de asas sobre o céu me ofereceu a caminho daqui...]