Um cruzar de ruas… cruzar de vidas…
É o mistério da cidade… as teias urbanas de caminhos e opções… emoções
A paragem na montra, o picar do bilhete, o apanhar do saco que escapuliu da mão, os atalhos, os passos lentos, as pressas ritmadas… os encontros e desencontros definem-se, redefinem-se… acreditamos assim nas coincidências… nas trocas de olhares.
[Olá… foi bom rever-te…] não pelas palavras trocadas, não pelo abraço apertado, não pelo olhar preso que procurava as diferenças que os últimos meses actuaram em nós…não por te querer passar em segundos tudo aquilo que vivi entretanto… mas sim por continuares a ser aquele menino que nas tardes de verão me invadia a casa contando historias de terror tão credíveis que nos obrigava a ir para a varanda até o medo passar, que me roubava as tostas com doce enquanto cantávamos as musicas dos anúncios da televisão, que desenhava e sonhava comigo futuros incríveis… e que apesar dos caminhos tão distintos e do tempo implacável continua a ter a mesma aura que eu.
[cheiraste-me a caramelo como as tardes de antigamente… quero outras tantas só para te ouvir as aventuras e contar-te as minhas histórias]
(img. A. dragulescu)
1 comment:
[cheiraste-me a caramelo como as tardes de antigamente…]
um texto deliciosamente bonito...palavras cruzadas entre recordações, inspiradas memórias...
e o conforto de saber, apesar do "tempo implacável" e caminhos distintos... a amizade, essa, inflama hoje e sempre o coração.
adorei**
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